FMRB discute a Adesão do Maranhão à Independência

31/07/2023

Com o intuito de dissolver as amarras coloniais impostas por séculos de submissão à Portugal, o 7 de setembro de 1822 assume uma importância histórica, em particular, por sua determinação e afirmação de ideais de liberdade e justiça social.

Mas esse acontecimento histórico não esteve imune à complexa rede de influências e interesses, fator que culminou na tardia adesão do estado do Maranhão à Independência, que ocorreu somente em 28 de julho de 1823, após um longo percurso que envolveu diversos atores políticos.

Para isso, a Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB) realizou na última quinta-feira (27) uma roda de conversa sobre a temática que reuniu professores e pesquisadores da área, facilitando o conhecimento por meio da conexão entre a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e o Arquivo Público do Estado do Maranhão (APEM).

"A ocupação de espaços públicos para temas de interesse, temas de recurso histórico, como a questão da Independência após o seu Bicentenário, são sempre momentos de nos aproximarmos de pesquisas e acessos documentais sobre aquilo que vem sendo discutido na Universidade, por meio de linguagens diferentes, atraindo um público mais amplo e diversificado" ressaltou Marcelo Cheche Galves (PPGHIST/UEMA).

"Aqui a gente demonstrou a riqueza do acervo do Arquivo Público, com o auto da proclamação da Independência da Província do Maranhão, que é a certidão de nascimento do Maranhão enquanto estado, integrado ao Brasil e livre das peias coloniais" afirmou Rogério Rodrigues, historiador do APEM-MA.

"É importante a gente conhecer um pouco mais da história do Maranhão, perceber quais foram as dificuldades e os motivos por eles terem demorado a se juntar ao Brasil com relação a Independência" comentou Orlando Júnior, participante da roda de conversa e estudante da Escola de Música do Bom Menino.

Nesse sentido, reconhecer os desafios para essa transição remonta à valorização de história e memória nacional. "O conhecimento da História é importante para iluminar as reflexões que a gente pode ter sobre o tempo presente. O dinamismo de como o fato histórico se dá dentro do contexto, nos favorece a compreender as transformações do hoje". pontuou Kécio Rabelo, presidente da FMRB.