Aconteceu na última terça-feira (18), na Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB), a abertura da exposição "Dias de Gonçalves e Poesia", com obras do artista plástico contemporâneo Betto Pereira e curadoria de Carlos Dimuro.

A exposição é mais uma atividade em alusão ao Bicentenário do poeta maranhense Gonçalves Dias, e conta com doze telas com o objetivo de representar a vida, obra e trajetória artística e literária de Gonçalves.

A mostra proporcionou aos seus visitantes, experiências multisensoriais que estimulam emoções e despertam outras formas de percepções, para além da intensidade das cores, luzes e contrastes. Para cada tela foram compostas faixas musicais escritas por Betto Pereira e Josias Sobrinho e redesenham histórias e memórias que se conectam com a vida e legado de Gonçalves Dias.

Segundo o presidente da FMRB, Kécio Rabelo, regressar à vida e obra do poeta maranhense é redesenhar a memória do estado. “É como um tributo, tardio talvez, mas nem por isso menos solene, àquele que cantou as belezas de sua terra, enamorado por suas cores e ritmos em uma composição infinita, eternizada no cinzento intrigante das águas mornas do Maranhão. É desta casa, morada da democracia que, 200 anos depois, emanam Dias de Gonçalves e Poesia”, ressaltou o presidente.

Além da oportunidade em conhecer os doze quadros em acrílica sobre tela, os apreciadores da boa arte assistiram ainda a um pocket show de Josias Sobrinho e do artista Betto Pereira.

"Dias de Gonçalves e Poesia" contou ainda com ferramentas que garantem pluralidade no acesso à informação e ao conhecimento, por meio da acessibilidade da tela tátil, com Braile, audiodescrição e Libras. 

Nesse sentido, a FMRB tem trabalhado para garantir espaços cada vez mais acessíveis, democratizando o acesso à arte, cultura e educação, bem como preservar e divulgar a história brasileira.

“Durante estes quatro meses nós nos debruçamos sobre a vida de Gonçalves Dias. Claro que as telas têm uma licença poética, mas tudo feito com o objetivo de homenagear um dos maiores poetas do mundo, nosso conterrâneo. Cada tela conta fatos da vida dele como poeta, dos poemas escritos por ele e momentos da paixão dele por Ana Amélia, sua ida pra Portugal e volta para o Maranhão”, explicou Betto Pereira.

A exposição permanece disponível até o dia 18 de agosto, de terça à sexta-feira, das 8h às 17h e aos sábados, das 9h às 13h, no Salão Portugal, da Fundação da Memória Republicana Brasileira.