A Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB) promoveu, entre os dias 7 e 9 de abril, um minicurso intitulado "Livro Raro: Formação e Gestão de Coleções Bibliográficas Especiais". Sob mediação da professora e bibliotecária Ana Virgínia Pinheiro, o evento aconteceu no Auditório Norte das Águas, localizado no Convento das Mercês, e foi destinado a profissionais e pesquisadores da área.

Ana Virgínia Pinheiro atuou na Biblioteca Nacional de 1982 a 2020, onde foi chefe e curadora da Divisão de Obras Raras. Atualmente, ela leciona a disciplina “História do Livro e das Bibliotecas” na UNIRIO e integra importantes grupos de pesquisa e comitês, como o Comitê Nacional do Brasil no programa Memória do Mundo.

Sua vasta experiência acadêmica e prática se reflete em diversas publicações e na condução de projetos que visam a avaliação intelectual e patrimonial de livros raros, além de mentorias especializadas na área. “A professora Ana Virginia é uma referência nacional. Certamente, uma leitura obrigatória para todas as pessoas que querem lidar com livro raro, que é muito mais do que uma fonte de informação, mas um patrimônio material que nos ajuda a contar histórias que nos ajudam a compreender a sociedade no hoje”, afirmou o historiador Fábio Matos, participante do minicurso. 

Durante os três dias de atividade, os participantes tiveram a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos sobre os critérios que definem um livro raro, os desafios na formação e na gestão de coleções especiais, e as estratégias para a conservação e difusão desse patrimônio. O minicurso se destaca por sua abordagem interdisciplinar, que une teoria, prática e a discussão sobre a relevância cultural e histórica das coleções bibliográficas especiais.

Esta iniciativa reforça o compromisso da FMRB com a preservação da memória e o fomento à cultura, promovendo a troca de experiências e a capacitação de profissionais que atuam na preservação do acervo histórico e cultural. “ Esse curso garante uma grande contribuição não só para a Fundação, mas para outras instituições de cultura, na gestão de obras raras e especiais. Uma experiência válida e de grande aprendizado para todos nós”, ressaltou Carmelita Menezes, servidora e bibliotecária na FMRB.